sábado, 23 de dezembro de 2017

NATAL...CAUTELAS QUE DEVEMOS TER

Contávamos no Natal - com o pecúlio acumulado pela reforma resultante de 51 anos e uns meses de descontos - fazer duas ofertas de nível adequado aos recebedores.

No átrio de um grande espaço comercial, elas lá estavam disponíveis, permitindo satisfazer o desejo acima confessado e que seriam verdadeiras surpresas de Natal.

As dúvidas assentavam na hierarquia das ofertas: Se a destinatária do carro com o custo superior a 57 mil euros teria ciúmes por não receber o relógio de 70.500 euros.




Ficámos a meditar se, vivendo apenas da reforma, com o acesso das Finanças à nossa conta bancária, não iria haver ainda algum sarilho ou investigação.

Ainda por cima, nunca nos enganamos nos zeros ao declarar o património.  

Na realidade, como apenas soubemos ministrar o nosso salário e depois a reforma, não sendo a conjuge ministra, deputada ou pessoa ilustre num desses cargos, nem administradora em empresa pública ou de capitais afins, resolvemos pensar.

Pensámos, logo, que as Finanças receberiam um aviso qualquer, iriam investigar se tinha contas em off-shore, se recebia subsídios e gastava o que não era nosso. 

Vislumbrámos que logo ficaríamos sub suspeita, porque certamente dava nas vistas nunca termos ocupado outro cargo que trabalhador de seguros, entrar a horas, sair tarde, não usar viaturas pagas pelos contribuintes e pagar impostos...sim: Impostos.

Iriam averiguar se pertencíamos a alguma tribo, a algum gangue, não nos considerariam beneficiários da política, meio caminho andado para a condenação.  

Desistimos das compras que iríamos fazer para oferecer a quem, por sinal, as merecia, mas conseguimos discernir das consequências.

Portanto, estimados visitantes, fica aqui o aviso: Cautela com as ofertas de Natal. 





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