quinta-feira, 27 de abril de 2017

SINTRA: PLANO DA ABRUNHEIRA...SEGREDO OU FALHANÇO?

O Plano de De Gröer e sua defesa pelos cidadãos

O Plano de Urbanização de Sintra - elaborado em 1949 pelo Arquitecto Étienne De Gröer - é, passados 68 anos, Cartilha relevante para defesa da imagem de Sintra.

Quem quiser que desminta, mas é nossa convicção que - só por causa dele - as placas toponímicas se tornaram andantes, até a zona do PPA-N ficar fora da Abrunheira.

É que, suportado nos conceitos de Étienne De Gröer, as construções no Plano de Pormenor da Abrunheira Norte não iriam exceder, em altura, um segundo andar. 

O Plano de De Gröer prevê a Zona Rural como de protecção para a beleza paisagística da nossa Serra, quando da aproximação a Sintra. Tem sido uma bandeira dos cidadãos. 

Por tal razão, o original Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte, desenquadrado das regras de protecção exigidas, viria a ser arquivado quando Seara era de Presidente.  

Depois, políticos do nosso azar, julgando-se capazes de o ressuscitar, arranjaram o pomposo nome de "Cidade Sonae" mas não contavam com a resistência da população.

Basílio Horta, sem fixar o quando nem clarificar o quê, anunciava: "É um dos investimentos mais importante que Sintra teve, senão o mais importante".

Foi em 2014...do Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte nada mais soubemos.  

Era disto que se preparava? Monstros cinzentos? 

O Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte (com 3 Técnicos da CMS na Coordenação) incluía um edifício com 15 metros de altura, outro com 12 metros e 15 com nove metros. 

Do que se falava? O que se preparava?

Para aquilatarmos da visão que em tudo arranja pretextos, pouco tempo depois, do outro lado da estrada surgiu este exemplo cinzento da "Logística" paisagística: 

Um exemplo de "grande obra"...diríamos que  imponente "tijolo" arquitectónico... 

Os leitores, pelo tamanho, avaliarão dos robôs que se empregam num edifício com esta volumetria, as contribuições para a Segurança Social e "diminuição do desemprego".

E o esforço camarário, a evidente compreensão pela "Logística" é tal, que uma segunda unidade está surgindo a menos de 100 metros da primeira, outro "tijolo" sem janelas: 

Outra obra de vulto...orgulho sintrense! 

O "tijolo" já "abafado", de cinzento se cobriu, para diluição na paisagem

É disto que o povo gosta? Então pintem-se de cor viva, amarela por exemplo para dar nas vistas...e os decisores locais ficarão orgulhosamente perpectuados... 
    
Não estão longe os tempos em que a pretexto de quatro postos de trabalho e três de administradores, havia quem defendesse - na zona - uma Central de Biomassa...

Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte, o falhanço...

O PPA-Norte também previa muita "Logística", sem que na apresentação se dissesse claramente que Logística, ficando as portas à espera de quem as abrisse à tal "cidade". 

Entretanto, os donos do terreno terão recolhido dados que não garantem a exploração de mais superfícies comerciais na zona, face ao excesso de superfícies abertas.

Temos a Samsung abandonada e outras instalações próximas encerradas. 

Por outro lado, a incapacidade camarária de resolver os problemas das acessibilidades é outro factor que desmotivará os abnegados investidores. 

Ainda estamos a ver uma Presidência Aberta...com mapas...explicações...promessas de Escola...Centro de Saúde...Espaços Verdes ao longo do rio...

Hoje, temos mais um falhanço das promessas gratuitas, do palavreado ocasional.

Sintra não merece isto. 

Estes não são. seguramente, os caminhos de Sintra.





Mais sobre este tema sintrense em: 

http://retalhos-de-sintra.blogspot.pt/2014/12/sintra-plano-que-justifica-referendo.html

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