segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

SINTRA: MU.SA, COLECÇÃO DE ARTE sem "DESASSOSSEGOS"...

Boa aplicação do nosso dinheirinho

Quase há um ano, em 14 de Maio de 2014, expressávamos neste blogue  a alegria pelo regresso da Arte à "história artística de Sintra" e "às gerações que a eternizaram, que por cá deixaram os seus sentimentos tão bem expressos".

Na Agenda Cultural da época, o Presidente da Câmara escrevia: "(...) O "Casino onde nunca se cultivou o jogo, mas se aposta agora num nascer adaptado à realidade e memória de uma Sintra próxima dos seus artistas e da sua herança cultural".

Clément Serneels

Foi o apreço por notáveis artistas locais ou que, pelas suas obras, eternizaram Sintra, destacando-se dos que, em passagens temporárias, a esqueceram nas suas artes.

Assim nasceu o MU.SA (Museu das Artes de Sintra), espaço nobre para a valiosa Colecção Municipal com mais de 3600 obras (sem incluir as de Museus específicos).

João Cristino da Silva

Não foi fácil instalar. Aos visitantes escapam as dores de cabeça dos técnicos. Luzes frias. Reflexos. Nem tudo foi perfeito? Ainda bem, pois evoluir é a sequência da prática.

A perfeição e os conhecimentos estarão nos umbigos críticos e especialistas externos.

O MU.SA, com mais publicitação e rotação nas Obras da Colecção, justificará cada vez mais a sua relevante oferta Cultural a que as Escolas não podem ser alheias.

Silva Lino

Insiste-se: Património de grande valor cultural 

Se déssemos importância a coisas que, de forma programada ou sistémica por ai se lêem,  a Colecção de Arte Municipal converter-se-ia num património desinteressante.

A tentativa de desvalorizar não é nova e, à margem da verdade, espalha-se que alguém "cedeu" outra colecção à Câmara...quando nem protocolo foi celebrado! Tudo à mistura com nomes e amigos, hipotéticas alusões que deixam no ar o ninguém sabe porquê.

A rotina das pressões - admitemos que só para políticos - não só dá maus indicadores como é pouco elegante para qualificados técnicos que dão o seu melhor à Arte.

Haverá "desassossego" nisto?

Poderá uma Colecção de Arte constituir-se em "desassossego"? Provavelmente, sim.

A Colecção de Arte Contemporânea "desassossega" ao não abrir cargos a particulares: - Um Curador pago como Director Delegado; Seis Conselheiros da Tutela; Compensações Monetárias; Compromissos Plurianuais. Câmara pagante...e minoritária!

A Câmara Municipal, ao promover a sua Colecção - pesem os defeitos citados por especialistas - deu passos exemplares na oferta Cultural e gestão de dinheiros públicos.

Não admira, pois, que a disfarçada contestação ao MU.SA surja ondulada conforme as marés, num jogo de uma no cravo outra na ferradura, à espera de melhores dias.

Ora, não fazendo o MU.SA parte de jogos de bastidores, uma futura inclusão de Obras de artistas não sintrenses, rigorosamente escolhidos, ajudaria ao seu prestígio Cultural.

A menos que o MU.SA seja muito pequeno para vastas grandiloquências...

O MU.SA tornado desassossego? Ou indutor de frustrações? Responda quem souber.

Pela nossa parte, que SOSSEGO sentimos ao revermos Dorita na sua Sala, antes de visitarmos Milly Possoz, Pomar, Paula Campos e tantos outros Artistas.




Aceite a sugestão e visite o MU.SA. De Terça a Sexta, entre as 10 e 18 horas; Sábados e Domingos das 12 às 18. Encerra às Segundas. Preços? Jovens e Idosos com entrada gratuita, Adultos 1€. 

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