sexta-feira, 11 de abril de 2014

SINTRA: VIVER A HISTÓRIA NA "QUINTA DAS PALMEIRAS"...

As manhãs têm quase sempre neblina, mas uma ligeira brisa vinda do lado do mar depressa nos deixa ver as muralhas do Castelo dos Mouros, bem iluminadas pelo Sol, esse ainda escondido do outro lado da nossa visão. 

A essa hora, antes do passeio matinal, é agradável entrar na Pastelaria Tirol, pedir meia torrada em pão saloio e um chá de cidreira, saboreando-os com a calma exigida.

Um reconfortante momento, com doce de abóbora

Confortados para a caminhada, lá se chega à Quinta das Palmeiras que, àquela hora, pode ter um portão aberto, mais como um singelo convite do que desafio, para que possamos espreitar ou passear entre vegetação e sob frondosas árvores. 

Esta jovem palmeira será descendente de outras que deram nome à Quinta

Que podemos dizer deste belo exemplar botânico?

Tudo verde, muito verde, transmitindo-nos uma mensagem de esperança

Espreitando, vemo-nos frente a uma escadaria que nos leva ao alto da Quinta, passando ao lado do centenário palacete que foi de gente aburguesada noutros tempos. Há luzes acesas lá dentro. Na Quinta ao lado já andam trabalhadores.

Ao longo da manhã, por carreiros e caminhos, enchendo os pulmões de ar puro, apreciei - deliciado - o chilrear dos rouxinóis e o esvoaçar ruidoso de melros que, tudo o parece indicar, avisam dessa forma a espécie de que há intrusos no seu espaço.

Chegamos ao ponto mais alto e temos outra imagem de Sintra, um cenário cheio de contradições, pedaços de um outro mosaico sintrense.

Correm rápidas as horas neste espaço tão belo onde nos sentimos bem e o ar puro nos faz chegar a fome mais cedo. Ninguém apareceu para nos convidar a sair dele nem merece que o abandonemos. Nesta Quinta, sentimos interiormente a liberdade.

Por ser um lugar único, vale a pena voltar. Sempre.

Sintra é isto, porque esta Quinta faz parte da sua história.


Sem comentários: