quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SINTRA 2007/2011 - 1516 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO

          "É, por isso, lícito que nos interroguemos qual o legado que vamos transmitir às gerações vindouras e quais as medidas que iremos, ou poderemos tomar para proteger um Património que é, afinal, de todos nós." (palavras do Presidente da Câmara Municipal de Sintra em recente Congresso)

Começa a justificar-se uma investigação...

Passados 1516 dias, sem que se saiba de forma garantida onde está a fonte manuelina retirada do Largo Afonso Albuquerque, em plena Estefânia de Sintra, estão criadas condições para que se façam os mais diversos cenários, suspeitas e receios.

Quem é responsável pela situação? Onde pára o fontanário (peanha e cubas) retirado, pelo que foi dito, para recuperação?

Da parte da Câmara Municipal e sua área do Ambiente nada se sabe.

Da Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel, cujos autarcas não deveriam dormir até localizar o património desaparecido, também não são conhecidas reacções.

Talvez uma investigação séria, por profissional que não seja sensível a telefonemas de pressão ou subsídios, consiga apurar o que se passa com a peça histórica.

Como nestas coisas é necessária independência, sugiro o recurso a um detective credenciado como o que apresentamos:


A fonte, a nossa fonte, nosso património a defender, é esta:


Sendo sobejamente conhecida esta triste história de Sintra relacionada com um fontanário secular, é igualmente lícito que se pergunte em que parte do discurso oficial a mesma encontra enquadramento.







domingo, 27 de novembro de 2011

CURIOSIDADES...

Por esse mundo fora, os locais reconhecidos pela UNESCO como património mundial, estão quase sempre devidamente identificados à sua entrada, com a grandeza adequada ao orgulho local e à valorização da distinção.

Dois exemplos, dos muitos que conheço:


Cidade Histórica de Sukhothai, Thailand

e

Basílica de S. Francisco, Assis, Italy

Embora se tenha diluído no espaço informativo (a Lusa, talvez por erro, divulgou 145 países quando seriam 145 cidades...) o recente Congresso realizado em Sintra não terá possibilitado aos ilustres visitantes (que conhecem destas coisas...) tempo para apreciarem a simbologia sintrense adequada ao nosso património mundial.

Espera-se que um dia Sintra exiba, da forma adequada, o símbolo da UNESCO.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

COMO CHEGÁMOS A ESTA SITUAÇÃO?

COM PROMISCUIDADE NA POLÍTICA

Quando os funcionários dos prestamistas, no caso conhecidos por TROIKA, aparecem, novos dados justificam sérias preocupações pelo que se avizinha.

Face ao regabofe interno, sem solução, era imperativa a intervenção externa.

Na última visita surgiu uma dúvida: - As opiniões expressas nas conferências de imprensa, não farão parte de uma encenação combinada nos gabinetes visitados?

É que os tais missionários de banqueiros lançam lebres (o tal mamífero roedor muito maior que o coelho) que servem intuitos governamentais, como o caso da redução dos salários nas empresas privadas. E os media agarraram logo…

Ao mesmo tempo, apesar de parangonas com avaliação positiva, apertaram o governo com medidas ainda não tomadas, como é o caso das autarquias.

E ninguém fala dos culpados, que caladinhos se escondem em boas tocas à espera que ninguém se lembre deles. O governo colabora, não exigindo responsabilidades.

Quase remetidos a profissões de fé, os que deveriam ser julgados pelos actos praticados e que nos endividaram, só aqui ou ali surgem em jogadas publicitárias.

Vendilhões, como lhes está no sangue, não conseguem estar muito tempo sem protagonismo, pelo que qualquer coisinha lhes serve para se pavonearem, mesmo que de forma subliminar. Não falam, porém, das dívidas que criaram.

Com postura cândida, os responsáveis pela tragédia quase sugerem que a desgraça caiu do céu e, por uma razão estranha, acertou neste pedaço tão pequeno da Europa.

Maus samaritanos, usaram o humanismo de subsidiar na mira dos votos de agradecimento. Em vez de incentivarem o aumento de postos de trabalho – o que seria doloroso para subsidiodependentes – optaram por distribuir dinheiro, dar casas e outras coisas sempre com as mais nobres intenções e pretextos.

Graças a estas políticas, há gerações com avós que nunca trabalharam, filhos que se ajustaram à vida fácil e netos que, pelo exemplo, adquiriram o direito de não trabalhar.

Chegámos à miséria, com postos de trabalho recusados para se viver de subsídios, enquanto que quem trabalha e produz é estrangulado com impostos, cortes de salário e penalizações, suportando os outros, entre eles os viciados da política.

Ou temos capacidade para ajudar ao aparecimento de novos políticos – sem vícios, com princípios efectivos de moral cívica – ou a nossa vida colectiva está irremediavelmente comprometida.

Em cada dia virão roubar mais um bocadinho, até ao limite do suporte familiar.

E quando houver o estoiro, tudo acabará por se complicar para os culpados.


domingo, 13 de novembro de 2011

CURIOSIDADES

SAP LAKE, uma igreja flutuante, nos caminhos da fé...

Sap Lake, Siem Reap, Cambodia





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AUTARQUIAS: TRABALHADORES É QUE PAGAM AS DÍVIDAS…

A fórmula já era conhecida mas pouco divulgada e muito menos explorada pelos meios de comunicação: - os subsídios a retirar aos trabalhadores das autarquias reverterão a favor da respectiva câmara, para amortização das dívidas.

Ao jeito de quem governa mal, foi fácil converter em devedores os que trabalham e produzem, quando se esperaria que fossem os senhores autarcas a responder.

Dos autarcas, nem com binóculos se notam cortes nas "gorduras" da chusma de assessores, administradores, avençados e serviçais com chorudas recompensas.

Os mesmo autarcas que, enquanto recorriam ao crédito, promoviam Galas, Maratonas, Grandes Prémios, Medalhas à medida, Balizas e Dias disto e daquilo, sem rebuço por endividarem munícipes e a sociedade em geral.

Foram milhões sem visibilidade na comunidade. Protocolos, Subsídios (até para gestão corrente), relvados, iluminações ou árvores de Natal exuberantes.

Agora zás…os trabalhadores do quadro das autarquias, com um golpe-de-mão governamental a que os autarcas não terão sido alheios, passaram a ser, concomitantemente, vítimas e pagadores das benesses praticadas.

Em vez de receberem os subsídios a que têm direito, os trabalhadores serão espoliados da sua remuneração para amortizar dívidas de que nunca beneficiaram.

Por ironia, com este vergonhoso desvio, as autarquias ficarão com mais dinheiro disponível para esbanjamentos, clientelismos e novos eleitoralismos.

Às pinguinhas, hoje na Administração Local, amanhã nos Hospitais ou Escolas, as bem urdidas teias irão delapidar os magros rendimentos de quem trabalha.

 A este propósito, é sempre bom recordar o poema de Bertolt Brecht:

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez de alguns padres,
Mas como nunca fui religioso,
Também não liguei.

Agora levaram-me a mim,
E quando percebi,
Já era tarde.

Com esta casta de políticos, se não estivermos alerta para onde iremos?


terça-feira, 8 de novembro de 2011

VOLTAR A 1953? ISSO QUEREM ELES…

Há poucos dias, na RTP, foi apresentada uma reportagem que alguém, pela certa, terá encomendado, coincidindo com a grave crise que atravessamos.

Numa firma qualquer, o êxito terá sido alcançado graças aos colaboradores que, transformando – à hora de almoço – uma sala de reuniões em refeitório, passaram a levar comida de casa, à qual um microondas dá um toque de aquecimento.

Uma senhora com sotaque estrangeirado, parecendo ajustado ao novo acordo ortográfico, opinou sobre o encanto daquele convívio, não referindo, no entanto, se eram mais apetitosas as batatas fritas do A. ou a salada russa da B. ou mesmo se o Cachucho frito do C. cumpria as regras da tábua alimentar.

Passada a mensagem, seguiu-se a tão saudável convivência com os cigarros. 

Digamos que, salvo outra intenção ainda pior, a RTP fez-nos meditar se valia a pena irmos comer, livremente, a um qualquer lado, mesmo à pressa, usando a benéfica pausa no ambiente de trabalho.

Como Governo e Confederações Patronais estão solidariamente empenhados na involução social da sociedade portuguesa, não admirará que – a breve prazo – pretendam eliminar o direito ao subsídio de almoço, com oferta – e destaque na TV – de uma ou duas sandes por trabalhador, a consumir no local de trabalho.

Direi como era em 1953 (há 58 anos), quando comecei a trabalhar.

O almoço, preparado na véspera, incluía sempre sopa. A comida era posta em marmitas e muitas vezes embrulhada em folhas de jornal (para não arrefecer muito). Transportava-se em lancheiras, muitas delas de cabedal.

Pelo caminho, com os solavancos, metade da sopa ia por fora. Comia-se a restante, que era aquecida em lamparinas a álcool, sempre existentes nos refeitórios.

Como o País, em vez de evoluir, anda para trás, os governantes do PSD e CDS estão no caminho que idealizaram para recuperar a história deste povo.

Até os transportes públicos…quem nos valhe?

O Governo de Passos Coelho e uns tantos que têm delapidado as nossas finanças, gastando milhões em carros que utilizam nos mais diversos fins, desrespeitam mais os trabalhadores do que o anterior regime em que havia o “Bilhete-Operário”.

O “Bilhete-Operário”, tinha o custo de uma só viagem e era adquirido antes das 7,30 da manhã. Garantia a viagem de regresso, assegurada por carreiras até muito tarde.

O actual Governo, perdendo a noção das medidas contra os trabalhadores e insensível ao que se passa na Europa, além de querer impor horários de trabalho nunca vistos ainda pretende eliminar-lhes as capacidades de regresso.

O rótulo de se “viver em democracia” não passa – hoje – de um ofuscante guarda-chuva com que pretendem tapar a galopante destruição das estruturas democráticas.

REGRESSAR A 1953? NUNCA MAIS. ESTAMOS NO SÉCULO XXI.

domingo, 6 de novembro de 2011

CURIOSIDADES...

Aos domingos, como é belo subir o Rio do Perfume...

Hué - Vietnam


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SINTO-ME ENVERGONHADO, SR. PRIMEIRO-MINISTRO

Digo-lhe publicamente que me chocou ter escolhido o Brasil e o Paraguai para divulgar factos da intimidade portuguesa, sem nos ter dado conhecimento prévio.

O Senhor, tão elegante frente aos media, mas que às pinguinhas me assoberba (diria oprime) economicamente, disse no estrangeiro – onde não governa – que o meu País – onde eu estava e o Senhor não – tem de mudar o “regime económico”!

Longe, não se acanhou em alargar o prazo do esbulho de subsídios a trabalhadores e reformados, com os quais muitos iriam resolver compromissos e dívidas familiares.

Desabafo-lhe: - Quando, para enlevar votantes, o Senhor disse ser “o mais africano de todos os candidatos”, passei a ter reservas sobre as intenções políticas subjacentes. Foi o mote logo oportunistamente aproveitado por bajuladores…

A partir daí, estou atento ao que diz um dia e altera no outro, ao que dizia não fazer e faz, na esperança de poder limpar a imagem que criei sobre as suas contradições.

Ao preconizar, quase de pantufas, a mudança de “regime económico”, as hostes saudosas do 24 exultaram, confiantes de que só falta mudar o “regime democrático”.

Os Primeiros-Ministros não têm lapsus linguae. As pinguinhas avulsas são sinais para que neófitos Ministros inventem medidas que – se tivessem êxito – nos conduziriam a uma vida pior do que a que tivemos no anterior regime de figurino fascista.

É por isso que, entre a pretensa clareza que exibe, não refere os salários médios praticados na zona Euro, do Luxemburgo à Grécia. Nem compara o que auferem políticos e gestores de lá, com as escandalosas recompensas de cá.

As medidas que, numa quase incontinência governativa, impõe a quem vive do seu trabalho, afectam a estabilidade familiar e o direito a uma vida digna. Cortar salários, férias e subsídios, facilitar despedimentos, anarquizar horários de trabalho e aumentar impostos, são medidas contrárias à evolução dos povos e únicas na Europa.

Os portugueses não podem ser geridos como lixo. Por Vossa Graça, trabalhadores e reformados estão a ser geridos para pagar aquilo de que nunca dispuseram.

Onde está o nosso dinheiro? Quem o amealhou em offshores? Campeões de lucros, como PT, EDP e Bancos anunciavam milhões para distribuir dividendos. Falava-se dos milhões ganhos por administradores e amigos. Até na TAP…

Poderia ter anunciado, lá fora, que ia promover a moral pública. Criar Leis contra a promiscuidade e corrupção. Tribunais Especiais para julgar quantos, abusando dos cargos, desbarataram e distribuíram o dinheiro público com interesses eleitorais.

Tirar-lhe-ia o chapéu se anunciasse a redução da despesa pública com menos Deputados e em exclusividade para bem da transparência, menos viagens, menos dotações para partidos e subvenções. Mas não. Optou por castigar quem trabalha.

O Senhor, ao contrariar a evolução das sociedades, dá sinais de querer apenas duas castas: - A das barrigas fartas (Poderosos) e a das barrigas vazias (Trabalhadores).

Perceberá a minha vergonha pelo que disse lá fora.

Portugal não voltará ao século XIX.