quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

“UM PASSO ATRÁS PARA DAR DOIS À FRENTE” ?

A expressão “os portugueses sabem…” passou a ser a marca dos enganos.

O Presidente da República, incentivando à adivinhação, vai um pouco mais longe e garante que “os portugueses sabem bem aquilo que eu penso (…)”.

O Primeiro-Ministro, que nos vendeu gato por lebre, salta como gato sobre as brasas governativas e dá meias respostas com “os portugueses sabem…”.

Alguns deputados da maioria, engolidos pela frase emblemática, superam as dificuldades dialécticas com um autêntico foguetório de “os portugueses sabem…”.

Nenhum diz saber para onde foi o nosso dinheiro, culpados e beneficiados.

Os portugueses sabem o quê?

Que a coragem governativa assenta na perseguição aos que vivem dos seus rendimentos de trabalho ou de pensões adquiridas com décadas de descontos.

Que a veia empresarial do Primeiro-Ministro corre para os patrões, oferecendo-lhes duplas reduções nos salários – directa e por mais horas de trabalho – despedimentos fáceis e indemnizações drasticamente reduzidas.

Que Passos Coelho chegou a Primeiro-Ministro por erros de expressão na língua pátria: - O que prometeu e dizia não fazer foi exactamente o que fez.

Este pequeno excerto (clique, p.f.) ajudará a conhecê-lo. Num vulgar dicionário encontram-se vários epítetos ajustáveis.

Que passos faltarão ainda a Passos?

À facilidade com que mete as mãos nos bolsos dos que trabalham, não correspondem medidas de combate à economia paralela, onde encontraria fortunas cujos detentores, muitas vezes, estão isentos de impostos…por falta de meios de subsistência!

As penalizações previstas para quem precise de aceder a cuidados médicos atiram para as calendas os direitos constitucionais e voltam a atingir os mesmos que tiveram reduções salariais e cortes nos subsídios.

No entanto, no sector público autárquico, os endividamentos sucedem-se sem que sejam conhecidas medidas punitivas para os esbanjadores dos dinheiros públicos.

Passos e Gaspar, outra vez Coimbra e Finanças na vida dos portugueses, fazem recordar outros tempos e são um mau presságio para o nosso futuro colectivo.

A frente de luta de Passos e Gaspar é outra. Não abarca estímulos à produção interna nem limita importações, porque isso prejudicaria os poderosos da Europa.

A meta desses Senhores, pelo que se vai vendo, aponta para a subversão da Constituição, ajustando-a aos poucos até alterar o regime. O limite para o deficit é uma pequena gazua para amanhã falar no excesso de liberdades e depois limitar as estruturas democráticas que os contestam, nomeadamente as sindicais.

De Passos em passos, a pretexto da Troika, assim se faz um golpe constitucional.

Prometer para 2015 o fim dos sacrifícios, mais do que malabarice é uma pinoquice.



1 comentário:

Amadeu disse...

Os passos que faltam a Passos ,é aquilo que aconcelha os professores ,os jovens licenciados e todos aqueles que não têm trabalho no nosso país, sair e procurar trabalho , acho que ele assim se vai reduzir as migalhas do Instituto do emprego e formação profissional.
Mas eu gostaria de lhe dar um conselho, deveria Passos regresar ao Pais onde nasceu e talvez fosse lá um bom economisata , quanto a esposa regressa-se ao pais onde nasceu a fim de dar aulas,porque o lugar que ocupa cá seria, para um daqueles que já não iriam para outro pais,